terça-feira, 19 de agosto de 2014

Erre


Ah! O Erre! Tu és proscrito!
Letra não rara, barata
eu diria. Tu ririas eu sei,
que é de risos e delírios
que é feito teu enredo.
Quem riu? Quem não riu? Eu ri?

Ah! O erro! Só rio do teu riso,
que irrita e faz sofrer.
Quantos erres ainda na vida
arrastando e arrasando
rolando ladeira abaixo
carregando re-petição?

E o pesar dos pesares
que diga dos rogos. Sim!
Que orem pras pragas (Amém)
nas ruas que gritam de raiva
Realengo, reis, rainhas,
A redenção não tem rima.



terça-feira, 1 de abril de 2014

O Devorador



Hoje é um daqueles dias que todas as palavras que não saíram em todos os outros dias anteriores se espremem revoltadas. Rebelião!! Querem se amotinar. Quebrar a madeira fina dos instrumentos musicais. Esticar as cordas até arrebentá-las sadicamente. Rasgar as letras e queimar as ideias. Cuspir nos planos e trucidar os sonhos. Ah!! Essas palavras criminosas... Têm a petulância de se dizerem inocentes. Tanto por isso, maior sua revolta. E assim, hoje, quiseram em vão A Liberdade, seus direitos de ir e vir. Mas Eu, Eu Continuo Bem Aqui! De mim, elas não escapam! Fecho minha boca. Fecho meus punhos. Fecho meus olhos....