terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Projeto Tereza

O poema abaixo postado: Maringá! Maringá! foi postado primeiramente no site  http://projetotereza.com/

Recomendo a todos que visitem o site regularmente, pois tem sido um ótimo veículo de informação e fomentação cultural e artística, com diversas publicações interessantes, nas mais variadas áreas. Sem dúvida, configura-se uma ótima iniciativa na cidade canção, tão carente de gente que valorize a verdadeira arte.



Maringá! Maringá!

I

Não há de ser em vão
o esforço febril deste artesão
do metro vir canção
p'ra poder cantar sua inspiração

Planejo, como tu fostes um dia
sem pretensão, de pompas fugidia
nascida em discreta alegria
planejo cantar sua harmonia

Entre raças, planície da paz
É Maringá! E como tu não Há!
Mestra precoce do país serás.

Discreta parnasiana concreta
sob a sombra segura de suas árvores
cresço feliz, criado em seus parques

 II

Ainda que longe do céu e dos céus
obstinada vence Maringá!
vemos por ela o porvir sem véus
brilha a estrela que norteia o Paraná!

E toda a gente, que segue esse brilho
segue contente, e grita o estribilho:
É Maringá! E como tu não há!
É Maringá! E como tu não há! 

Ah! E a gente que é este povo
É tão formosa e de bela forma,
filha do Sol e do centro mundo, novo

rosto nascido que agrada à gosto
gente maringaense, Cidade Maringá
permita-me cantar: que como tu não há!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Epílogo




Eu sei, sei que você já não quer mais, sei que você não ama mais, nem tão pouco nutre qualquer sentimento que seja bom por e para mim. Sei também que preferias não ler isto, preferias não saber, preferias não... Quantas negações em tão curto tempo, neste espaço branco. O branco em que autores escrevem suas obras e nós escrevemos nossa história. O branco que por vezes representou a paz, ou o branco que nos traz o esquecimento. O esquecimento que por vezes é tão maligno, mas que ainda assim tem sua recomendação médica. Um médico que cura a dor, daquilo que é a maior ocorrência da vida humana e o humano que se difere do animal, por sentir esta dor. O sentir não compreende nada. E nada é o que tenho agora. E por acaso já não tenho agora.  Pois meu tempo se passou com você.
E o computador segue assim, tentando tirar algum proveito disso, seguindo seu papel de narr-a-dor,  aliment-a-dor, registr-a-dor e quiçá! Salv-a-dor!!
A hora é de pranto, de espanto, de esperanto, e de pranto. Eu não tenho agora, mas tenho ainda esta hora, a ser vivida, por mais sofrível (que ainda é nossa). É o pouco que resta de nós dois. Me apegarei a ela, como se fosse aquele pedaço de mim que faz tanta falta (aquele que está contigo).  Me apagarei, até que deste eu não haja mais traços. Realizando assim seu último desejo. Pois só assim... Só assim poderás ter a certeza de nunca mais me ver diante de ti. 
Não tenho pena de mim mesmo por você ter pena de mim. Não há nada do quê se envergonhar em amar, lutar, lutar, lutar, lutar, lutar, lutar, e não chegar.  Uma tragédia não respeita nem mesmo um céu de baunilha. Não há por que esconder o rosto marcado de cicatrizes. Cada marca, uma batalha. Cada batalha uma paixão e a cada paixão um morrer. Pois a paixão é entrega, e a entrega rendição,  e a rendição é a morte.
Este é um adeus.
À Deus que está nas alturas se roga, que ampare os caídos em batalha. À Deus eu rogo...
- Me segure em seus braços não me solte nunca mais eu te amo