Um eu de mim que ir
o eu que tem anseio
que se sabe meio
um eu que tem querer
O outro tem medo
se parado perde
o fio, infante
permanece ledo
E o querer luta forte
Para romper sua pele
E buscar aquele seio
Mesmo ele sendo meio
E o quer ir causa morte
Pois o ficar o impede
De buscar aquele seio
Pelo acaso não ser meio
Melhor seria não ser eu duas metades
Quem dera eu fosse dois eus em igualdades
Buscar-te-ia um de mim comum menino
sem ser rasgado, sem afrontas ao divino
O outro ficaria seguro na fantasia
Menino real dum verso alexandrino